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Agência de Projetos: Da concepção à avaliação de benefícios
Agência de Projetosda concepção e viabilização à avaliação de resultados, benefícios e valor

Entenda a discussão que precede a COP-15

COP-15

COP-15

Já que faltam apenas 10 dias para a Conferência do Clima na Dinamarca(COP-15), resolvi fazer uma breve pesquisa sobre qual tem tido o comprometimento dos países com o clima, minha procura se deve principalmente ao fato de que o sucesso do COP-15 está diretamente ligado as propostas apresentadas pelos principais países antes da conferência, o que faz que um país ao apresentar uma proposta, apresente ao mesmo tempo um incentivo para que outros países façam o mesmo.

O problema relacionado a isto, é que o investimento na redução de carbono está também associado ao desenvolvimento econômico, ou seja, em um cenário global “teoriacamente” os países que se comprometerem com metas muito grandes podem ter seu desenvolvimento comprometido, o que pode de alguma maneira colocar países que não se comprometerem em vantagem competiviva.

Com base neste problema, passamos a ter o fato de que os principais emissores como EUA, UE, China, Índia e Brasil até então tem se comprometidos com metas pouco factíveis, por exemplo a China se comprometeu em sua proposta a reduzir  40% da quantidade de carbono por produto, no entanto, com o ritmo de crescimento apresentado pela sua econômia, isto não deverá representar uma redução das emissões totais.

O Brasil a sua vez anunciou uma meta de até 38,9%, no entanto não divulgou qual a base de calculo para a viabilidade da proposta.

A India, outro principal emissor, tem declarado que seus problemas maiores são a gestão de água, a sujeira das grandes cidades e a proteção às florestas . Seu compromisso em termos ambientais será apenas de manter a capacidade de absorvição das florestas.

Com o não comprometimento efetivo destes países, e a desculpa de que são os países desenvolvidos que devem pagar pelas emissões, acabamos em um impasse, já que a UE se nega comprometer-se com uma meta mais audaciosa sem o comprometimento dos países desenvolvidos.

Sem uma unidade entre estes países, fica a falta de força para fazer pressão politica frente aos EUA, que por sua vez é o maior emissor. Sem o seu comprometimento, a impressão que fica é que a luta contra o aquecimento global fica bastante enfraquecida.

Atualmente os EUA se comprometeram apenas  a reduzir suas emissões em 17%. Acontece que sem o comprometimento de países como os EUA, cria se um circulo vicioso,  com uma série de lideranças negativas. Fala-se inclusive na possibilidade que a COP-15 seja um fracasso, e que um acordo para substituir o protocolo de Kyoto deverá ser adiado para o ano que vem, com a possibilidade de que este encontro apresente apenas intenções e metas políticas, o que é muito pouco para a gravidade do problema.

Clique Aqui e veja no final desta página um infográfico mostrando o comprometimento dos principais poluentes com o aquecimento global, assim como qual  a sua emissão mapeada até então.

Talvez, o que realmente esteja faltando, e que inclusive pode ser um movimento liderado pelo Brasil, é uma postura mais radical, que leve o aquecimento global mais a sério, como proposta feita pelo Presidente Fernando Henrique.

2 COMMENTS
  1. aldo 14 anos ago

    O grande desafio é transpor a barreira do discurso à prática. Ações de sustentabilidade passam por decisões (e exemplo) dos governos. No caso do Brasil, onde tanto se fala em redução nas emissões de CO2, nao vejo nenhuma medida eficaz que alavanque energias “inteligentes” como eólica e solar.

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  2. Vitório Tomaz 14 anos ago

    É, realmente não existem medidas eficazes, álias, nem se sabe se tomarão o devido cuidado para que as hidrelétricas do Rio Madeira não se tornem um verdadeiro desastre ambiental.

    Falta também muita massa critica, por mais que energia eólica e solar sejam uma realidade em países como Holanda, com potencial bem menor que o nosso, falta no nosso país pessoas qualificadas para tal desenvolvimento.

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