Foram 844 KM pedalados em 15 dias. Aproximadamente 57KM por dia. Muito frio, muita chuva, muita lama e muito cansaço. Entretanto pela graça de Santiago, meu companheiro de viagem, nenhum imprevisto prejudicial ocorreu durante a viagem.
Senti dores duas vezes, a primeira delas nas costas pela posição da byke foi resolvida levantando totalmente o ‘bar end’ e ajustando minha posição durante o pedal. A segunda dor for no ouvido. Preocupei-me com ela pois o frio era intenso e a dor chegou a ficar muito forte. Numa das noites tomei um antiinflamatório que levava comigo, mas resolvi o problema no dia seguinte mudando a posição do óculo cujas hastes passaram a ficar por fora da toca, forçando o bloqueio do vento contra o ouvido.
A Babieca me deu qualquer trabalho. Nem um pneu furado. Apenas troquei um cabo de câmbio já em Melide, um dia antes de chegar ao Monte do Gozo. Nem encher o pneu eu tive que fazer. É claro que eu fazia a manutenção preventia dela todos os finai de tarde. Assim que chegava ao albergue, tomava banho, colocava um aroupa seca e quente e depois cuidava de limpar a byke, tirar o excesso de barro, lubrificar a corrente e os cabos e ajustar os freios e o câmbio. Manutenção básica que me rendeu a tranqüilidade da viagem.
Ainda que nada tivesse ocorrido, eu estava preparado para alguns riscos. Levava comigo, num dos alforges, ferramentas, peças de reposição e manutenção da Byke -pneu sobressalente dobrado, câmaras de ar, sapatas de freio, cabos, aros, pedaço de corrente, etc. levava ainda alguns medicamentos de uso geral como antiinflatório, antihistamínico e analgésico. Levava roupas adicionais, guias de estradas, além dos guias do caminho e telefones para caso de emergência. Meu plano de riscos foi bastante amplo e me tomei ações preventivas para cada risco que achei importante, ainda que cada ação pudesse implicar em aumento de peso nos alforges.
Porém, mais do que a prevenção de riscos durante o planejamento, durante a trilha avaliei riscos o tempo todo e me portei sempre avesso a qualquer imprevisto. As decisões de sair da trilha e tomar o asfalto forma sempre conseqüências de ponderações de riscos. A velocidade nas descidas, ainda que aguçasse o espírito aventureiro foi invariavelmente reduzida por conta da avaliação de riscos. Outro ponto avaliado constantemente era a minha alimentação, que precisava ser rica em carboidratos por conta do esforço e do frio. E ainda, apesar de estar em região mais que propícia, tive que me conter na degustação de vinho da casa (sniff!!!).
Olá Alonso,
Foi divertido e muito instrutivo ler um pouco do seu blog…
Parabéns… viajei nas suas estórias sobre seu projeto relacionado ao Caminho de Santiago.
abs,